sábado, 27 de setembro de 2008

Bom Dia Ao Meu Amor


Que venha o sol tocar sua pele
Enquanto minhas mãos a percorrem,
Sentindo sua suavidade...
Seus lábios com doçura quero beijar.

Que venha o vento cheio de galanteios
A sacudir cortinas de sonhos,
Agitando seus cabelos ornados com flores do campo
Colhidas pra perfumar nosso ninhoE por fim,
Que a brisa refresque seu corpo,
Pra que novamente eu o aqueça ao anoitecer!

Que o canto dos pássaros toque sutilmente tua alma
E neste torpor a levem para além dos sonhos
Deitando-a sobre a relva macia
Deleitando-se com o amor que tenho a lhe oferecer.
O horizonte abre-se a nossa frente
E convida-nos a sentir a vida!

Solte-se ao sabor do amor
Neste jardim de encantos venha sonhar!
Sinta o perfume do sabugueiro
A inebriar docemente sua alma amada por mim
Deixe-se harmonizar com os céus...

Cantarei em versos o brilho do nosso amor!
Neste dia que é só nosso...

Mércio Moura
(Dedicado a poetisa Rô Lopes)

Ressurgindo

Passado terminado, sepultado... Encerrou-se em minha vida um ciclo Tudo concluído, acabado Sem subestimar o tempo E não causar alarido Só restou pegar a mala ir embora Eu optei sair e ver o mundo aqui fora Vivenciar o amor verdadeiro que sonhei um dia E agora minha alma implora Com as malas prontas peguei a estrada Quero viver este amor, ter atitude O que ficou pra trás foi enterrado Vou vivenciar este amor Em toda sua plenitude Prossigo a encontrar este idílio No meio do caminho E seguir juntos para sonhos realizar Ter espaço, ternura enlevo e carinho Entregar-se ao amor e saber amar Este amor será agora mais bem vivido Por que cada um de nós já é um fruto maduro Amor sereno, calmo, intenso e colorido Porque dois seres deixou seu passado, seu verdugo E agora juntos quer saborear o futuro. Caminho Amor maduro Ressurgindo... Rô Lopes

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Saudade Noturna



Penumbra em meu quarto.
Silencio absoluto!
Ouve-se noite adentro
Fortes batidas em meu coração
Sufocado pelo desejo de ter você...

Sua silhueta a bailar...
Nua no vento,
No vazio do meu pensamento...
Trazendo à lembrança momentos vividos
Invadindo meu peito
Machucando com jeito...

Pedaços de lua entram pela janela entreaberta
A dormitar em meu leitoLá fora sons...
Pássaros noturnos cantam tristes.
Madrugada morta
A brisa, maestrina da noite rege lúgubre melodia.
O vento a balouçar a folhagem
Flores solitárias choram ao luar...

Pensamentos vagam sem rumos pela imensidão
Folhas secas rolam
Perdidas pelo chão...
Eu aqui...
Só...
A rolar em minha cama
Nesta afliçãoSonhando com seus beijos e carícias...

O açoite do vento a sussurrar o seu nome
Mas sabe que não vens
Promessas em vão
Pois sua morada
É outro coração!

Mércio Moura


terça-feira, 23 de setembro de 2008

É Preciso... É Necessário




É preciso conhecer seu corpo
Demarcar meu território amado
É necessário entregar-se por inteiro
Para se sentir um ser realizado

É preciso entregar-se com amor
Deixar a marca em um coração
É necessária essa entrega com ardor
Para sentir deliciosa e sublime emoção

É preciso ter sede e fome do outro
Para ficar registrado um idílio
É necessário o entrelaçar corpo a corpo
Para que as almas não se sintam no exílio

É preciso saber viver este amor com ternura
Para não machucar o coração apaixonado
É necessário entregar corpo, alma e coração
Para que ambos caminhem sempre lado a lado.

É preciso...
É necessário!


Rô Lopes

Meu Universo Interior



Há muito que vivo... Apenas sobrevivo!
Como autômato sem rumo que caminha a esmo...
Numa estrada que não tem fimSempre foi assim!
Emoções foram e vieram
Nas curvas deste labirinto em que me vejo.
E toma conta de mim...
Nada fez mudar o curso deste tortuoso rio que se arrasta ao passar dos anos...
Neste universo apenas sobrevivo...
Lá fora fico à deriva nas tenebrosas ondas de um mar revolto

Difícil saber o que sou em meio a escombros,
Desilusões e amores incompreendidos

Porém anseio novos mundos
Sei que eles existem...
Algo que se diz chamar felicidade
Soprou aos meus ouvidos tempos atrás
Trazida por ventos conhecedores da liberdade...
Desbravadores de oceanos... Desertos
Campos férteis e corações apaixonados

Uivando disse-me o vento
Que o sol daria ordens à luaIndicando o caminho à paixão a mim prometida
Ao amor que meu peito anseia...
Pois somente ela tem a chave encantada
A livrar-me deste universo interior em que sou prisioneiro
A conduzir-me por vales... bosques...desfiladeiros.
Rumo a fonte de águas puras e belas

Desde então minha agonia é maior...
Alma chora liberdade anunciada
Mas escorrem-se sorrateiros pelos vãos dos dedos, os anos.
Já me vejo ao meio da caminhada quase sem esperanças...
O tempo esvaindo-se lentamente realça minha dor
Sulcos em meu rosto marcam meu velado desespero
Somente em sonhos antevejo o momento
Em que as taramelas dos meus medos
Sejam violadas pela meiguice estampada em um rosto.
A portadora da chave!
A tomar-me as mãos... Seguindo ao infinito
Planando as maravilhas prometidas pela brisa
Vivendo os encantos do amor... A beleza das flores

Agora as vejo com um colorido diferente
O som do vento me traz melodias suaves
Nunca antes sentida!
E neste despertar pra vida, reconheço-a ao meu lado
O mesmo semblante que sempre vi em meus sonhos
A possuidora da chave mágica!
Que libertaria o lobo triste contido neste universo íntimo
Preso por uma fechadura emperrada
Sedento por novas emoções...
A procura da felicidade plena!

Mércio Moura

Monjolo, Marcador Do Tempo

Monjolo, Marcador Do Tempo

Marcador incansável do tempo
Esquecido nos confins de uma era que se vai...
Marcou seu tempo, um tempo em que reinou.

Voltava à posição normal,
Novamente a água enchia-o e despejava-se
Num doce murmúrio completando o curso
Que se seguia radiante...
Pelo leito do rio, coroado por flores simples de rara beleza,
Ele cumprindo seu propósito de
Deixar marcas no tempo realizando tarefas...

A água corrente era seu combustível, a vida...
Ele a máquina, o ser...
A água continua sendo vida
E eu, o velho monjolo!

Tentando marcar meu tempo no tempo em que pela vida passei.
Deixar minha marca impressa no coração dos seres que amei...
E a marca indelével da saudade na alma de quem na verdade
Por toda a minha vida chorei!...

Mércio Moura

Quero... Preciso

Quero... Preciso
Quero um amor com candura Preciso de muita ternura Quero um amor inocente Daquele que faz bem a gente Quero um amor de verdade Preciso de lealdade Quero um amor poesia Preciso de fantasia Quero um amor pra viver Preciso de muito prazer Quero um amor com ardor Preciso de você meu amor Quero... Preciso! Você!!!! Rô Lopes

O Andarilho

O Andarilho


Com lentidão caminha um homem solitário
Perdido no tempo é o seu olhar
Na mente vagam lembranças
Pedaços de uma infância sofrida marcada pela miséria e dor
Talvez a mais terna seja a canção de ninar
Que embalava seus sonhos de criança
Seja o beijo no rosto
O ventre macio da mãe que o gerou

O homem segue driblando a pobreza
Em sua volta só tristeza na qual se acostumou
Mora no jardim mais lindo
Vê as flores se abrindo e não as pode colher!
O homem segue...Maltrapilho... Pés no chão
Faminto e cabisbaixo mendigando seu pão
Sem oportunidades lá vai ele a caminhar
Ouvindo o som estridente da porta a se fechar

Dorme ao relento, no frio... Que sofrimento
A fome aperta
A morte espreita
Uma lágrima desce
O homem sem esperanças agora tem esperança...
O sofrimento vai acabar
A terra recebe seu corpo...
O céu recebe sua alma
Em sua campa repousa
Aqui todos o esqueceram
No infinito o receberam
Junto aos anjos e clarins...

Mércio de Moura

Primavera Em Amplitude

Primavera Em Amplitude Primavera! Rosas, flores, formas lindas e de todas as cores Inspiração de poetas, Enamorados, românticos e sonhadores Primavera em amplitude Beleza que se estende a outras estações Primavera é vigor, candura, atração, beleza e juventude Estágio de vida em que se conquista e vive Ternas e eternas emoções Primavera, natureza, vida Alegria de época em um mundo contundido Céu azul, pássaros em revoada, atrações multicoloridas Onde tudo que se vive tem outro sentido Primavera do ser humano Lapso de tempo, da busca, riso fácil, felicidade, Liberdade, brincadeiras e ilusão Para quando chegar o inverno da vida Termos agradáveis lembranças em nosso coração Primavera vai... Primavera vem... Observamos este ciclo repetitivo Nós não paramos no tempo Prosseguimos... Vivendo a primavera em outra estação É o lenitivo. Flores Risos Poesias Prossigamos! Rô Lopes

Recanto Feliz

Recanto Feliz

Infância querida!
Berço florido dos meus sonhos de criança
Que o tempo deixou num passado distante!
Naquelas manhas de primavera o vento agitava meus pensamentos
Ao mesmo tempo em que tremulava o arvoredo
Correndo descalço pelo quintal sem medo
Eu, camisa aberta e peito nu!

Visitava as matas, nascentes...
Fontes de águas cristalinas
Lugares secretos onde ninguém imagina
Desabrochava assim minha alma inocente!

Neste recanto eu me criei, tornei-me homem e lá deixei.
Um velho berço, paineira florida em frente a casa.
Campos verdes como um tapete sobre chão
Pássaros que em festa cantavam na janela ao alvorecer
Saudando o sol que surgia no horizonte
E as borboletas azuis enfeitavam a doce manhã primaveril!
Descompassado batia um coração infantil...

Tanta felicidade eu sentia!
Mas ao passar o tempo
A felicidade esvai-se pelas frestas da vaidade
Porém o amor que há neste chão
Não se esquece jamais...
Recanto Feliz... Terra de paz!

Mércio de Moura

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sonhe... Ame...Viva...

Sonhe... Ame...Viva...


Eu sou aquela perdida
Caminhante
Que olhava ao leu
A vagar distante
Sonhava, sonhava...
Muito sonho idealizava
...
Pouco sonho concretizava.
Eu sou aquela que bailava
Mas em momento algum enlaçava
Eu sou aquela do olhar poente
Até surgir um sonhador passante
...
Dois poetas errantes.
Sonhos iguais, vidas semelhantes
Que ao se cruzarem
Avistaram o horizonte
E por vagar, andar, sonhar e procurar
Passaram sonhos mais adiante
E os poetas aprenderam a amar

Sonhe poeta
Sonhe!
Ame poeta
Ame!
Vive poeta
Viva!


Rô Lopes