terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Ira




A Ira

E o cisne com as penas vermelhas
Pôs-se a voar
Na imensidão violácea dos ares
Tão tenso estava que parecia bailar...
E na água restou
Meneios de saudades
E sombras da ousadia.

Rô Lopes

Sublimação




Sublimação

Perdendo-me de mim
Encontro-me todas as manhas
Em seu corpo que me aquece
Meus olhos brilham como estrelas
Minha face... Luz rosada irradia
Transpiro gozo e sinto paz
Até quando sol fenece...
Envolta em meus sonhos
Esperando-te até no_outro dia


Rô Lopes

Olhar de Anjo (II)




“Olhar de Anjo” ( II )
(À Cora Munhoz Rezende)

Como querubim ou serafim
Cabelos brilhantes ondulados
São as negras madeixas de Cora
Que nada perdem para os doirados

Entre cachos formes e disformes
O que deixa o rosto doce angelical
O sorriso puro inocente de criança
Esparge calma como toque de clarim celestial

Sim... Entre cachos, olhar e sorriso
Encontra-se o brilho, a luz, a perfeição
Entorpecida fitei Cora, linda Cora linda
Ficando envolvida por grande emoção

Absorta em mim mesma recordo Cora
Em seu jeitinho doce e formoso ao andar
De mostrar brinquedos com suave e pura inocência
Difundido a quatro cantos que é vida no verbo Cora_mar.

Rô Lopes

Olhar de Anjo (I)




“Olhar de Anjo” ( I )
(À Cora Munhoz Rezende)

Olhar penetrante e inocente
Que granjea o sentimento da alma
Sorriso feliz e contente
Ternura transmitindo amor e calma

Assim foi a recepção da linda menina
De olhar negro como jabuticaba no pé
Que soltava bexiga, fazia mil gracinhas
Faltando brincar de pular maré

Leu em meus olhos o que minha alma dizia
E me aqueceu como os raios límpidos de sol
Parecia anjo entoando linda sinfonia
Ao abraçar-me em si bemol

Assim foi Cora, Cora linda Cora
Que afagou-me como se criança eu fosse
Recordarei deste gesto em minha aurora
Da inocência Cora_Linda pura e doce.

Rô Lopes



Pétalas do Silêncio

Como o despetalar das flores ao vento
As horas passam lentas... Silenciosas...
Meu quarto – um mundo!
Um céu de estrelas
espargindo luz cor de rosa
As plumas se perderam na imensidão
As brumas emudeceram
O sol tornou-se frio de repente
A lua se escondeu na nuvem de algodão
Os vaga-lumes comandam a noite
Tem espasmos de prata no chão
Há um lago onde os cisnes repousam

Dentro do meu céu!

Eu na cama entre cetim rubro
Exalo perfume como rosas ao léu
Os pássaros não cantam... Dormitam
A volúpia tomou conta do ambiente
um vulto surge na penumbra
Silhueta misteriosa que mal conheço
Aconchego-me na brisa carinhosa
a espera do beijo desejado
O silêncio cada vez mais lento
Nem ouço meu respirar...
Foi ele quem chegou...
Faceiro...
Como flocos de neve
A me beijar

Eu... Uma chama viva
Uma felina... Com jeito de menina
Serpenteando como quem fascina
Começamos a delirar...
Silêncio!
Deixe nosso corpo expressar...

Ah!

Rô Lopes