Vida é poesia, poesia é amor logo o amor é vida. Este é o ciclo da existência. E quando dois poetas se encontram com os mesmos ideais, os mesmos sonhos e tendo tudo em comum, tornam-se amigos e parceiros na vida. Assim surgiu o desejo em nossos corações de compartilhar com você sentimentos em forma de poesias extraídos da essência de nossas almas. Deleite-se neste universo poético descobrindo nas entrelinhas deste cosmos o mais nobre dos sentimentos – O Amor. Sempre juntos! Rô e Mércio
domingo, 4 de abril de 2010
Não Veja as Cicatrizes
Não Veja As Cicatrizes
Não me olhe pela janela
Nem fique a espreita da minha dor
A mim basta tão-somente o sol
Que mesmo em cortina de chuva
Afaga-me com seu calor
Não me olhe pela janela
Sofro por ter deixado a porta aberta
Sem o bailar da taramela
Não me olhe pela janela
Seus olhos nada mais dizem
São apenas duas asas indecisas
Que no meu céu não mais cingem
Não me olhe pela janela
Não há mais matizes
Somente penumbras de um amor
Em dias secretos e noites felizes!
Não me olhe pela janela
Não veja as cicatrizes
Rô Lopes
Minha oração ao vento
Senhor!
Contemplo a Terra, extasiado ante sua beleza,
Sob o sol que brilha e o ar que beija minha face
Tudo é perfeito, a harmonia é total no tempo e espaço
O vento a balançar os galhos. Tremulando no horizonte...
Velhas folhas caindo para que novas tomem seus lugares
Botões surgindo trazendo a certeza das flores... Da semente que vinga!
A esperança renova-se a cada instante em meu coração
Ah! Bendito vento que chega à morada de meu Pai, no infinito
Levando meu canto de agradecimento!
Vento que leva meus pensamentos em sintonia com afins, comungando um só sentimento.
Ah! Esse mesmo vento traz até mim a energia de que necessito,
O equilíbrio que busco em seres evoluídos defensores da vida e da paz. Que habitam as matas, a águas, o sol e o luar!
O choro da cachoeira que em cascata, lança-se ao vazio. Doce murmúrio!
Torna-se brisa refrescante aos que margeiam os caminhos
Sinto o aroma e o matiz das floradas
Como um prisma a refletir o brilho do sol. Espetáculo divino!
Vejo campos longínquos, pinturas desenhadas sobre o chão,
Vislumbram restingas, matas e campos cultivados de onde se tira o pão.
E o homem, abençoado ser nesta magnífica obra
A plantar o amor. A servir em sua construção
Obrigado, Senhor.
Mércio Moura
Céu e Mar
Hoje Seremos De Nós
“Hoje Seremos De Nós”
Hoje seremos de nós... Apesar da distância.
Não importa as adversidades
E se em mundos distantes vivemos.
Corações em júbilo,
Hoje vivenciarão tão sonhados
Encontro.
Entregar-se hão ao amor almas amantes.
Sintonia nas emoções e sentimentos
Dançando em perfeito compasso.
O desejo riscando uma história de amor no espaço.
O mais sublime amor em mágica união.
A projetar nas mentes intimidade há muito sonhado.
Ao fechar os olhos nos deixaremos sentir
Nossos lábios tocarem-se
O calor do amor aquecendo nossos corpos
Afagos ternos... Beijos eternos
Mãos que procuram
Lágrimas que caem!
Doce encanto
Esse amor que supera distâncias
E em segredo cresce!
Traz em sua essência fantasia e realidade
Maravilhoso na forma como acontece!
Acordes divinais entoarão ao universo.
Embalando com sublimidade este sonho que floresce.
Hoje estaremos a sós
Eu e você...
Hoje seremos nós!
Mércio Moura
As Pérolas e a Solidão
As Pérolas e a Solidão
Choveu pérolas
No pranto dos meus olhos
Onde tentou recolher
Com o perfume
Dos teus lábios
Já sem tempo...
Lágrimas desdobradas
Pelas ranhuras da solidão
Que angustiante teima
Em fazer morada
No silêncio da memória
E onde sombras
Concentram-se na penumbra
De flores que não se abriram.
A solidão ficou...
As pérolas... De tão só...
Nas asas do pássaro sem rumo...
Esvaíram!
Rô Lopes
sexta-feira, 2 de abril de 2010
No Céu Da Tua Boca
Monjolo, Marcador Do Tempo
Monjolo, Marcador Do Tempo
Marcador incansável do tempo
Esquecido nos confins de uma era que se vai...
Marcou seu tempo, um tempo em que reinou.
Voltava à posição normal,
Novamente a água enchia-o e despejava-se
Num doce murmúrio completando o curso
Que se seguia radiante...
Pelo leito do rio, coroado por flores simples de rara beleza,
Ele cumprindo seu propósito de.
Deixar marcas no tempo realizando tarefas...
A água corrente era seu combustível, a vida...
Ele a máquina, o ser...
A água continua sendo vida
E eu, o velho monjolo!
Tentando marcar meu tempo no tempo em que pela vida passei.
Deixar minha marca impressa do coração dos seres que amei...
E a marca indelével da saudade na alma de quem na verdade
Por toda a minha vida chorei!...
Mércio Moura
"Esta foto é do Monjolo que inspirou o poeta - Existe a 77 anos"
(Será restaurado oportunamente conforme seu desejo)
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