terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

"Insanidade... Amor"




"Insanidade... Amor"


Minha saudade insana te busca

Meus lábios sedentos alçam vôo

Para repousar meus beijos nos teus

Os seus anseiam essa chegada

Para serenando receberem os meus


O perfume de eucalipto está no ar

São nossos desejos que se encontram

Mesmo em noite enluarada sem luar

Nossas almas se entrelaçam

Como murmurinho das ondas do mar.


Rô Lopes

“O Dia Que Espero”






“O Dia Que Espero”


O amor flui nas ondas do vento.

Inspiro. Sinto seu aroma em minha direção...

A mesma brisa que assanha teus cabelos traz

Até mim tão sonhados beijos.

Excita meus desejos.



Andar de menina... Fascina-me!...

O sol beija a tarde matizando meu lugar,

Realçando a beleza das flores.

Lindas como você!

Das montanhas e cachoeiras sinto a força.

Energia do amor que assola meu coração.



Quando aqui chegar,

Amar-nos-emos sobre o campo,

Entre lírios e flores de jasmim,

Ao som dos pássaros e sussurros do vento,

A conduzir este amor aos recônditos da minha alma...

Para além, muito além das estrelas.

Do sol...

Da magnitude do universo.



Aqui neste espaço ermo a felicidade será plena...

Banhar-nos-emos

Nas águas do riacho.

A nossa volta somente o ar... O luar

O verde do meu lugar... Venha não me deixe só...

Quero te amar

Neste dia lindo!...



Mércio Moura




"Grito sem Voz"




“Grito sem Voz”

Grito pelos meus sonhos enclausurados no muro dos seus medos
Grito no silêncio das paredes aflitivas provocadas pelos seus receios

Sim!

Do seu medo, porque você alimentou dando vida aos meus sonhos
Porque você faz parte deles e muitos você gerou
E eu ousei ir mais longe você ousou ir comigo e ousamos vive-los
E você foi comigo e eu segui você
E agora, como o eco de um grito sem rumo,
Nas montanhas íngremes de um passado fracassado entre o sol e a lua
Você se perdeu... Eu me perdi
Não faço parte deste passado...
Eu grito... Você grita...
Busco-te, você me busca
Ouço seus gritos que se misturam aos meus
Busco e não chego onde você esta
Porque você não esta mais onde te possa sentir onde te possa amar.
Onde possa te tocar... Onde possa sentir tocada
Enclausurou-se a si mesmo no vácuo do desencanto
E no desespero da coação imposta pelo tempo de outrora
Deixando escapar por entre as entranhas do desalento
Meus sonhos, seus sonhos, nossos sonhos...
Tais como plumas ao vento
Soltas... Solitárias... Sem rumo...
À deriva... Sem tempo... Atroz...
Sem grito!
Um grito...
Apenas um grito sem voz!

Rô Lopes