terça-feira, 23 de setembro de 2008

Recanto Feliz

Recanto Feliz

Infância querida!
Berço florido dos meus sonhos de criança
Que o tempo deixou num passado distante!
Naquelas manhas de primavera o vento agitava meus pensamentos
Ao mesmo tempo em que tremulava o arvoredo
Correndo descalço pelo quintal sem medo
Eu, camisa aberta e peito nu!

Visitava as matas, nascentes...
Fontes de águas cristalinas
Lugares secretos onde ninguém imagina
Desabrochava assim minha alma inocente!

Neste recanto eu me criei, tornei-me homem e lá deixei.
Um velho berço, paineira florida em frente a casa.
Campos verdes como um tapete sobre chão
Pássaros que em festa cantavam na janela ao alvorecer
Saudando o sol que surgia no horizonte
E as borboletas azuis enfeitavam a doce manhã primaveril!
Descompassado batia um coração infantil...

Tanta felicidade eu sentia!
Mas ao passar o tempo
A felicidade esvai-se pelas frestas da vaidade
Porém o amor que há neste chão
Não se esquece jamais...
Recanto Feliz... Terra de paz!

Mércio de Moura

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